Eclesiastes 4:9-12
Na família temos o encontro intimo
de universos diferentes. Esse encontro gera, naturalmente, uma tensão. O futuro
de uma família depende de como de como ela é capaz de estruturar essa relação
sem violar (oprimir, desrespeitar) o outro? O segredo é saber lidar com as
diferenças.
Uma tendência nas famílias é a
tentativa de anular o outro pelo autoritarismo ou pela manipulação. Nestes
casos o que define a relação é uma luta pelo poder, pois, o que detém o poder,
pode neutralizar o outro. E quando o outro é subjugado ele deixa de existir
como pessoa autônoma (isso afeta seus sonhos, sua personalidade, suas opiniões,
etc.).
Geralmente, essa negação do outro
acaba levando os membros da família a encontrar maneiras de compensar as
frustrações (dedicação excessiva ao trabalho, lazer, esporte, etc.). Isso acaba
gerando pouco tempo para relacionamentos, sem levar em conta a frustração
gerada pelas expectativas não correspondidas.
Como caminhar então para um
relacionamento verdadeiro?
É importante lembrar que precisamos
acabar com o mito da família perfeita. As pessoas não são peças de encaixe que
se ajustam perfeitamente. É necessário que se reconheça que a relação é um
processo, algo que deve ser permanentemente construído. Este reconhecimento
implica em:
·
Rompimento com o individualismo – sair de si mesmo e começar a
participar do “mundo do outro” (Efésios 5:28);
·
Elaborar um projeto comum de vida (Genesis 2:24);
·
Assumir riscos (Mateus 25:14-29);
·
Aprender a lidar construtivamente com as tensões e conflitos (Efésios
4:26);
·
Deixar de lado o imediatismo e passar a caminhar passo a passo
(Mateus 6:27);
·
Flexibilidade – romper com a rigidez (Lucas 17:1-4).
O conceito de família no modelo
bíblico não é de competição, e sim, de companheirismo (Genesis 2:24). A verdadeira
relação amorosa procurar entender o outro e se esforça para que haja
crescimento mutuo.
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