" Se o Cristo se encarnou para salvar a humanidade, então, tudo que nos desumaniza não pode ser divino." Pr Sandro

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Como está seu coração?



"Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou como apóstolos: Simão, a quem deu o nome de Pedro; seu irmão André; Tiago; João; Filipe; Bartolomeu; Mateus; Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor." Lucas 6:13-17 (ARA)

Certa vez, ouvi um comentário interessante sobre a manutenção dos navios. De tempos em tempos, os navios precisam parar para fazer uma limpeza em seu casco. Por ficarem muito tempo em alto mar, os microrganismos vão aderindo ao casco  tais como cracas, ostras, algas, mexilhões e, se não forem limpos, a embarcação vai ficando pesada e compromete seu desempenho ou paralisa suas operações, bem como, diminui a vida útil do navio. 


De vez em quando, nós também precisamos de uma boa "faxina na alma" para não parar ou desistir. 


O texto acima refere se ao dia em que Jesus escolheu os seus discípulos. Havia passado a noite toda
orando e, escolheu os doze para fazerem parte da sua liderança. Todos tinham características diferentes, mas vamos destacar uma figura que se tornou importante nesta lista: Judas. 


Certamente, a fé e amor de Judas por Cristo eram, no começo, sentimentos nobres e dignos. A Bíblia não revela como foi seu chamado, mas, a semelhança dos outros em que esse episódio é descrito, deve ter começado entusiasmado com Jesus.


Muitos doentes e possessos foram curados por Judas e muitas pessoas receberam as primeiras instruções sobre Jesus através dele. Quando alguns dos discípulos haviam abandonado o Mestre (João 6:66-68) ele, com os outros, permaneceu fiel.


É claro que, havia na sua alma, como na dos outros apóstolos, ambições humanas alheias à missão de Cristo e interesses pessoais mesquinhos, mas estavam em segundo plano, o que importava acima de tudo era estar com o Senhor. Aos poucos, sua ambição pessoal foi tomando conta dele e foram sendo colocadas em 1º lugar, sobrepondo as propostas de Jesus. 


Durante todo tempo em que o coração de Judas ia se enchendo de trevas Jesus não deixou de estimá-lo muito e de tentar ajudá-lo. Não desistiu de sua companhia e não lhe tirou a dignidade de discípulo. Nem lhe tirou a bolsa, e isso apesar de saber que Judas estava roubando. Admitiu lhe na última ceia e não exitou em ajoelhar se e lavar os seus pés. No momento mais difícil (da traição)  recebeu com um beijo e, creio que, com sinceridade, o chamou de amigo. 


A história de Judas adverte nos para o perigo da falta de impureza das nossas intenções que nasce com o egoísmo. É muito comum que os nossos ideais mais nobres estejam misturados com intenções egoístas, avarezas, vaidade, etc. O mesmo que aconteceu com Judas, aconteceu com todos os outros discípulos. Só que nos outros, essas pretensões não os levarão a ruína final e, em Judas sim. Ele ficou preso nas cadeias da amargura e da frustração. 


Como está seu coração? Você pode dizer que hoje está vivendo uma vida feliz com o Mestre e que está disposto a colocar suas ambições e desejos submetidos a Cruz e a vontade de Deus, ou, as trevas já estão lhe tirando o brilho do primeiro amor? Pense nisso!

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