" Se o Cristo se encarnou para salvar a humanidade, então, tudo que nos desumaniza não pode ser divino." Pr Sandro

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tesouro em vasos de barro!

"A estrada do sucesso e a de um colapso nervoso podem ser a mesma estrada" Wayne Cordero

Você alguma vez já teve uma crise de ansiedade? Já teve algum surto em que ficou chorando descontroladamente e não saber porque aquilo estava acontecendo? E de repente, aquele que era um motivo de grande satisfação pra você  se
tornou um peso, uma obrigação! E quando essa coisa é o ministério?


Sou pastor a 10 anos e se você perguntasse para mim qual foi o pensamento que mais me veio a mente durante esse tempo eu diria: "o desejo de desistir"! A tarefa pastoral  é árdua e por vezes solitária. E eu gostaria de fazer aqui uma mea culpa, as vezes somos os culpados por esse esgotamento, nos esquecendo que somos apenas humanos. Queremos ter todas as respostas; abarrotamos nossa agenda de "coisas urgentes que precisam ser resolvidas"; estamos a cada dia querendo implantar um novo projeto, uma nova ideia -  ainda precisamos conviver com as críticas, as circunstâncias ruins, nossos problemas pessoais, etc. 


O pior de tudo, é quando essas coisas nos tiram o prazer da prática ministerial e passamos a exercer nosso trabalho apenas baseado na performance (que Deus me livre disso!) Graças a figura idealizada que faz com que nos vejam como líderes que não somos, cheios daquelas qualidades que não temos.

Não pense que com isso estou depondo contra o ministério pastoral. Confesso que, apesar de toda angústia envolvida, é maravilhoso estar onde se crê ser a vontade de Deus. Precisamos apenas reavaliar nossa crença de que o Pastor é um ser com super poderes ou um semi deus. Pastores, líderes, professores da EBD, enfim, todos aqueles que se engajam nessa tarefa de dedicar suas vidas no ministério precisam entender suas limitações físicas, emocionais e espirituais. Isso significa que: 
  • precisamos aprender a parar e descansar, sem que isso nos cause constrangimento ou culpa;
  • precisamos estar juntos com nossos familiares e participar de suas vidas;
  • precisamos não apenas dar, mas também parar para ouvir e receber;
  • precisamos ser mais honestos conosco. Entender nossas falhas e limitações. 
Como tesouro em vasos de barro, assim deveria ser nossa concepção do trabalho ministerial. Enquanto trabalhamos para Cristo transformar, mudar e restaurar a vida dos outros, Ele estará fazendo isso por nós também!

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