Você algum dia, ao compartilhar
sua fé, já foi prontamente rechaçado com frases do tipo: “Eu não quero passar pra crente”! Ser crente não é
pra mim! Ir pra uma igreja evangélica, nem pensar! Etc. Ao contrário, já
conversou com algum cristão sobre sua fé e ouviu a resposta: Ser crente é
estreito! Andar com Deus não é fácil!
É impressionante como a mensagem
das boas novas e a vida de comunhão com Deus têm uma
característica negativa,
tanto por aqueles que não a professam como daqueles que são seus seguidores.
Como também essa visão parece contrária a alguns adjetivos bíblicos para vida
com Deus.
Davi ao referir se ao homem santo,
no Salmo 1, o chama de feliz. Quando vai falar acerca das práticas espirituais
de um cristão ele diz que meditar nas Escrituras é um prazer e a oração em
outros Salmos é acompanhada do verbo deleitar. Em outra oportunidade, ele
manifesta sua alegria ao ser convidado a ir à casa do Senhor.
No Novo Testamento, cada pessoa
que recebia um toque, uma palavra, ou se aproximavam de Jesus pareciam não
querer mais abandoná-lo. Ele mesmo tinha certa dificuldade de ficar a sós com
seus discípulos para as coisas mais simples como ter um momento de descanso. Os
únicos que pareciam incomodados com sua presença eram os extremistas
religiosos.
Em particular, minha vida é muito
melhor com a presença Dele que antes. E olha que eu tive uma vida muito intensa
antes de conhecê-lo. Jesus me ensinou a contemplar as coisas mais simples da
vida e sentir gozo nelas. Também me ensinou a amar, entender, me aproximar das
pessoas com um novo olhar. Sem preocupações estéticas, tribais (se pertence a
esse ou aquele grupo), classe, faixa etária, etc. Ensinou-me a enxergar o
melhor das pessoas e ser mais tolerante com suas falhas, afinal, todos somos
pessoas em construção. Muitas pessoas rejeitam a fé cristã por achar que os
crentes vão alcançá-los com julgamento e não com amor. Cultivou se a ideia de
que os crentes têm todas as respostas, têm um padrão elevado de vida e rebaixam
os outros (essa imagem foi criada pelos próprios crentes). Pensam que “os
irmãos” são arrogantes e estão sempre condenando todo mundo. Esse é o conceito
comum e não a ideia de que amamos as pessoas porque temos Cristo em nós.
Aprendi, ao longo da carreira
cristã (já faz 20 anos) que as pessoas que rejeitam uma conversa sobre nossa
fé, geralmente não rejeitam Jesus, e sim, a forma como expressamos nossa fé
nele. Até mesmo os ateus hoje admitem a existência do Jesus histórico e reconhecem-no
como alguém importante nos seus valores e práticas (o que eles não admitem é
que Jesus é Deus ou o Messias).
A vida cristã pra mim não é um
peso ou um fardo, pelo contrário, acho que as exigências da vida moderna para
ser aceito como uma pessoa feliz e realizada pela sociedade secular são mais
rigorosas e cruéis. E quando nos adequamos a esses padrões nos sentimos tão
vazios e, com a sensação de que ainda falta-nos alguma coisa em nossa busca
pela felicidade.
Para mim, ser santo é ser feliz!
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