O texto descreve Pedro e João indo ao templo, como de costume, já que os judeus se reunião para orarem 3 vezes por dia. Na entrada do Templo, estava um homem que era coxo de nascença e todos os dias era carregado para pedir esmolas. Na religião judaica, oferecer esmolas a um mendigo era uma atitude louvável, por isso mesmo aquele homem era carregado para frente ao templo diariamente.
Ao avistar os dois discípulos, diz o texto sagrado que, "ele olhava atentamente para eles pensando em receber alguma coisa", isso é, algum recurso financeiro, mais foi surpreendido pela frase: "Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu lhe dou, levante e anda em nome de Jesus o Nazareno".
Apesar de Pedro e João não possuirem uma moeda, e paliativamente ajudarem aquele mendigo, deram a ele algo que mudou sua vida de uma vez por todas. O coxo olhou para eles e esperou uma moeda, o olhar deles para o coxo viu uma necessidade mais profunda.
Certa vez, conta à história que o papa Urbano IV
disse a Tomáz de Aquino, olhando para uma mesa cheia de prata e de ouro; não
precisamos dizer como Pedro disse: Não tenho nem prata e nem ouro. E Tomas de
Aquino respondeu; nem tão pouco “levanta e anda em nome de Jesus.”
Infelizmente,
a Igreja deixou de enxergar os perdidos e passou a enxergar apenas aquilo que
eles, ou os outros cristãos podem oferecer. Deixou de oferecer a graça ou
estender suas mãos aos necessitados (quer seja de salvação ou de recursos
propriamente ditos) e passou apenas a receber. Já ouvi várias vezes, depois de
ouvir a sugestão de elaborar um projeto evangelístico a seguinte frase:
"não temos dinheiro". Até parece que Jesus em sua Grande Comissão, ao
invés de pedir para fazermos díscipulos, nos pediu para ir e abrir uma conta
corrente. Aqueles primeiros cristão não tinham os recursos e influencia dos
cristãos de hoje, mas, no primeiro apelo quase três mil pessoas atenderam ao
chamado de Pedro.
Nossos
templos estão lotados e, a semelhança dos Apóstolos, passamos por pessoas
necessitadas de ajuda todos os dias. Podemos continuar ignorando - as e
justificar nossa inoperância pela falta de recursos (ou da preocupação de
realocar os recursos para esse fim) ou, pedir a Deus que nos dê poder e
autoridade (e também um pouquinho de coragem e boa vontade) para dar a eles
algo que pode mudar suas vidas de uma vez por todas. Jesus! Contudo, isso só
será possível se tivermos a intenção de olhar para elas e lembrarmos que vamos
ao templo para adorar a Deus e saímos para servi - Lo.
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