" Se o Cristo se encarnou para salvar a humanidade, então, tudo que nos desumaniza não pode ser divino." Pr Sandro

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Fim da Seca!

Até quando cocheareis entre dois pensamentos? (1 Reis 18.21). 

Texto base: 1 Reis18:41-46

O texto acima retrata o episódio da volta das chuvas a nação de Israel depois de um tempo de 3 anos de seca. A seca, neste caso, não era apenas um fenômeno natural, também tratava se de um fenômeno sobrenatural, afinal de contas, as chuvas cessaram depois que o profeta Elias compareceu a presença do Rei Acabe e ordenou que não chovesse por causa de seu comportamento pecaminoso que mergulhou toda nação num grande mar de pecados. Acabe foi um bom estadista, porém era uma pessoa fraca espiritual e moralmente. O que também é interessante é que Acabe nunca deixou de ser um seguidor de Deus, ele O colocou no mesmo nível dos deuses pagãos.   

A seca era o resultado de não levar a sério a aliança com Deus e não ter uma consciência clara do pecado. A
consciência do pecado costumava ser o norteador da ação dos antigos cristãos. Eles o odiavam, temiam e fugiam dele. Quando caiam em suas garras, isso lhes provocava constrangimento. Ele poderia ser um acidente, nunca uma prática comum e aceitável. Acabe e o povo queriam servir a YAWEH, todavia, queriam também servir a Baal. Aliás, Baal é um título divino que significa senhor e aqui cabe uma pergunta: Quem governa seu coração? Saiba que Deus não aceita o resto de nós (gostamos de oferecer o resto do nosso tempo, da nossa adoração, do nosso serviço, etc.). Com Deus consagramos tudo ou nada.  

As chuvas voltaram depois do profeta propor um desafio (1 Reis cap.18). Se Baal é deus servi-o, se YAWEH é Deus servi-o. Qual deles consumisse o sacrifício derramando fogo do céu, esse era Deus.  Depois de exaustiva tentativa entre os profetas de Baal de vencer o desafio o profeta Elias fez uma breve oração e a o fogo desceu do céu e consumiu o sacrifício, e o povo voltou a reconhecer que só o Senhor é Deus. 

Uma breve e sincera análise da Igreja atual podemos sentir os corações vazios; os cultos como meras reuniões formais; pessoas vazias apesar de termos os nossos templos lotados. Muitos dos nossos cultos parecem o culto dos profetas de Baal e Aserá: com muito barulho e frenesi, auto flagelação (com longos Jejuns e oração), incansáveis momentos de clamor e nada de fogo do céu ( o que muitos chamam de avivamento atualmente, eu denomino como animamento).  Ao contrário disso, Elias precisou apenas de uma breve oração (aproximadamente 4 segundos) e o fogo desceu do céu (sinal claro da resposta de Deus). A diferença estava na intimidade do profeta e na sua integridade (inteireza de coração, nada de mente dividida).

Assim como o profeta, que pediu insistentemente ao seu servo para ver se já começaria a chover (por 7 vezes) e permaneceu orando para que a chuva acontecesse, que nós não sejamos presa do pessimismo e do fatalismo (mesmo diante da realidade da "sequidão" que vivemos). Já é possível enxergar "pequenas nuvens" (gente indignada com os abusos atuais e disposta a não adorar outros senhores - a fama, o dinheiro, a mentira, etc) . Não devemos para de orar até que, Deus nos ajunte numa grande e densa nuvem, e  volte a derramar sobre nós (a igreja) a sua chuva. 

A pior maldição que a Igreja pode viver não é a ira de Deus e, sim, a sua ausência. Na Sua Ira é possível "cair em si" e encontrar misericórdia, na nossa indiferença não conseguimos. Ficamos "tão cheios de nós" que não há espaço para Sua presença! 


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