A Coisa tá feia!

Já dizia o adágio dos "profetas" Tião Carrero e Pardinho: "A coisa tá feia, a coisa tá preta, quem não for filho de Deus tá na unha do capeta". Ontem, ao buscar minha filha na escolinha percebi que ela não estava bem. Apesar disso, passamos no mercado para comprar coisas básicas e ela passou mal. Por causa da greve dos correios não recebi a carteirinha e o manual do convênio que fiz para minha esposa e minha filha depois de esperar por 4 horas um atendimento em um hospital público (também não recebi minhas faturas, etc.). Tive
então, que voltar ao mesmo hospital de outrora  e esperar por 2:40h o atendimento, graças ao fato de ter ido de noite (se fosse durante o dia, sabe se lá quantas horas seriam de espera). Junto conosco estavam outras famílias com suas crianças. Algumas estavam com um quadro de saúde pior do que da minha filha. Sem local de estacionamento, precisei ficar um tempo no carro pra evitar que a doença da minha filha se tornasse motivo de mais arrecadação de impostos. Enfim, depois de um longo tempo de espera e algumas voltas no quarteirão, achei uma vaga.
Minha indignação não é contra os funcionários dos correios (eu já fui um deles), tão pouco é com os funcionários do hospital que cuidaram da minha filha. Tanto uns quanto os outros sempre me atenderam de maneira prestativa e eficiente. Minha indignação é com o sucateamento e a falta de investimento nos serviço público. Apesar das altas taxas que pagamos, convivemos diariamente com a ineficiência da máquina pública. Você que precisa "pegar" um trem ou metrô sabe que você não entra no trem -  você é entrado - e não sai - é saído. Para gerar ainda mais impostos se submete a ir pendurado para o trabalho e permanecer por 2 ou até 3 horas só no deslocamento. Quando chega o fim de semana, ainda é obrigado a se estressar pela má conservação asfáltica e das praças e lugares públicos de entretenimento. Quer assistir seu programa favorito (vai timão!) e é interrompido por um apagão.
Não sou daqueles que acha que todo político é ladrão (apesar deles insistirem em provar o contrário). Acredito que ainda há pessoas honestas e vocacionadas para o serviço público. Cabe a cada um de nós lutar para que essa situação mude. Cobre de seu vereador, deputado, governador, etc. (se é que você lembra em quem votou?) suas promessas de campanha. Também, não dê uma segunda chance para aqueles que só quiseram se aproveitar das benesses do cargo público. 
As mudanças dependem de mim e de você. Depois, não adianta chorar! (pelo menos por mais quatro anos).