"E eis que se levantou um
certo doutor da lei, tentando-o, e dizendo: Mestre, que farei para herdar a
vida eterna?" (Lucas 10:25-26)
Você já se incomodou com
perguntas que são obvias para determinadas situações:
Você está no caixa e tira um
talão de cheques e o caixa olha e pergunta: "Vai pagar em cheque?"
Você acaba de olhar no relógio e
alguém te pergunta: "Viu as horas?"
O cara vai andando pela rua e
leva o maior tombo, o sujeito que o socorre pergunta: "Caiu?"
No caixa do banco, o sujeito vai
descontar um cheque: Vai levar em dinheiro???
Eu sei que para cada uma destas
perguntas você criou na sua mente
uma resposta irônica. Afinal de contas, são
perguntas de quem já sabe as respostas!
Um doutor da lei (alguém que já
estudou muito sobre a religião dos judeus) chegou pra Jesus e perguntou aquilo
que qualquer judeu praticante sabia a resposta. Sabemos que aquele homem tinha
outras intenções, Jesus respondeu com outra pergunta: Que está escrito na lei?
Como lês? Lucas 10:26 (em outras palavras, você já sabe a resposta!!!!!) mesmo
assim foi tolerante e respondeu a ele. O homem insistiu e Jesus lhe deu uma
resposta à altura de sua pergunta. (passou a dialogar com ele sobre uma antiga
rixa entre os judeus e samaritanos e aquele homem teve que se resignar diante
de uma multidão de pessoas).
A semelhança desse doutor da
lei, para justificar nossas ações ou nossa falta delas, fazem as mesmas
perguntas: Crente pode beber? Crente pode fumar? Crente pode dançar? Crente
pode frequentar academia que toque música do mundo? Crente pode ouvir música do
mundo? Crente pode ir além do papai-mamãe no sexo com sua esposa ou marido?
Essas são apenas algumas de muitas outras que poderia citar, a maioria delas
feitas por falta de reflexão (ou preguiça de pensar) ou ainda, perguntas das
quais já conhecemos as respostas! (não estou fazendo nenhum juízo de valores
sobre as questões acima, tenho minhas respostas, e, pasme, talvez não seja
aquelas que você esteja pensando).
A falta de maturidade e, por que
não dizer, a falta de leitura, meditação, pesquisa séria e comprometida da
Palavra e também de livros, comentários, da própria vida, do jornal do dia,
etc., de muitos tem contribuído com a ignorância “espiritual” (seja lá o que
for que isso quer dizer?) e com as constantes notícias de escândalos e
abordagens dos nãos crentes do tipo: Aquele fulano é crente da sua igreja? (da
Igreja sim, em Cristo não!).
Sou contra todo tipo de
legalismo, assim como sou contra do liberalismo puro e simples. O evangelho
precisa não apenas ser sentido, mas precisa também ser racional. Será que somos
tão ignorantes assim sobre o que cremos e professamos, a ponto de não saber
discernir o mundo e a vida ao nosso redor a luz da nossa fé, ou somos tão
hipócritas que preferimos a ignorância para justificar nosso modo de vida?
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